PMDB: nada é definitivo
Muito se especula se a carta que Michel Temer escreveu à Dilma representa ou não uma ruptura definitiva do PMDB com o PT. Eu, particularmente, creio que não, por um motivo simples: decisões definitivas não fazem parte do repertório do PMDB. O PMDB nunca fecha uma porta.
É evidente que a carta demonstra a insatisfação do presidente do maior partido do Brasil com o governo. Mas o PMDB não iria abandonar definitivamente o barco governista sem antes saber com certeza que terá apoio institucional e político para um eventual governo Temer.
O apoio institucional é responsabilidade dos partidos políticos no Congresso Nacional. Os líderes desses partidos terão de se entender com os líderes do PMDB, em especial seu presidente, Michel Temer, que assume a presidência em caso de impedimento de Dilma.
O apoio político é responsabilidade nossa, nas ruas. Caso a próxima manifestação, marcada para o dia 13 de dezembro não seja bem sucedida, o PMDB poderá entender isso como um sinal de que não teria apoio político da população em um eventual governo. Por isso é importante sairmos às ruas domingo, para darmos o empurrão que falta no PMDB. Isso, obviamente, não significa compactuar com as práticas do partido, mas apenas reconhecer a realidade de que com o governo do PT, o único caminho para o Brasil é ladeira abaixo.
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